Num céu azul de poucas nuvens,
Feito rojão, eu corto estradas
Atravessando caminhos por entre laranjeiras carregadas
Sentindo o doce vento de uma manhã
Gostosa de outono, bem rara.
Sou passageiro e espectador
De uma viagem rumo ao meu eu mais lírico.
Assim sou eu, livre.
A 100 por hora
No entanto, prestando atenção a paisagem
Tenho olhos abertos e deixo cana para trás
Passo caminhões.
Todos passarão mesmo.
Mas e os passarinhos?
Eu jogo, então, palavras ao vento, mas
‘Words don’t come easily like sorry, like forgive me’,
Como na música de Tracy Chapman
Peço perdão a tudo e a todos
Despedindo-me, mais uma vez.
Mas sigo, enfrente, no meu caminho.
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