terça-feira, 30 de outubro de 2007

Coluna MÊS OUTUBRO




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PORQUE TROPA DE ELITE É O FILME DO ANO



Desde a retomada do cinema nacional, nos anos 90, um filme brasileiro não tinha dado tanto o que falar quanto “Tropa de Elite”. Tudo começou com a polêmica dos DVDs piratas antes mesmo de sua estréia oficial. Amplamente comercializado pelo mercado popular não demorou a chegar em nossa região e começou a instigar mais e mais polêmicas. Considerado fascista por alguns, violento e banalizado demais por outros, com “Tropa de Elite” não existe meio termo, ele é, sem duvida, o filme do ano. Nunca se viu esse sucesso de publico tamanho, estima-se que o número de espectadores já tenha ultrapassado a casa dos 20 milhões.

Utilizando a estética da periferia e da sua violência, algo que já apareceu em outros sucessos da nossa cinemateca, esse filme, no entanto, mostra o outro lado, o lado da policia e aí ele encontra e levanta sua voz. Denunciando a corrupção e o tráfico, ele nos expõe a policiais especiais em ação nas favelas do Rio. Mas, o melhor desse filme é que ele nos vinga totalmente. Por pior que seja, vibramos com a tortura, ficamos com a uma espécie e alma lavada. O capitão Nascimento (vivido brilhantemente pelo Wagner Moura) é o novo herói nacional nesse país de corruptos em que tudo acaba em pizza sempre. Ele representa toda nossa vontade de fazer justiça. Não seria nada mal uns policiais do BOPE em Brasília.

“Tropa de Elite” é um filme obrigatório, mas não nos faz chorar. Ele não emociona, ele impressiona. Ele não nos toca, mas crava uma bala no nosso peito e de certo modo, nos tira do sossego, mostrando o mundo inseguro em que vivemos e nos deixa ali na linha de tiros. E o pior é que sabemos que as balas perdidas não cessarão. Que segurança podemos ter. Nenhuma. O que temos é apenas esperança e a certeza de que o mundo melhor depende de todos, inclusive de nós.