sábado, 30 de abril de 2011

I LOVE YOU FACEBOOK

Assistindo ao fraquinho filme "A Rede Social", que conta a história de como surgiu o facebook, essa ferramenta maravilhosa, que me encanta e me amedronta. Antes de mais nada, eu reafirmo meu amor e vício a essa rede social infinita, minha grande sala de estar onde recebo meus amigos e faço novos.
Tem dias em que eu me relaciono com várias pessoas. É uma curtida aqui, uma compartilhada lá, um comentário ali, tudo via facebook, tudo 'just one click'. Acho tudo isso incrível, essa possibilidade de conexão full time, onde sei o que meu amigo de Miami está fazendo ou o que a fofa da minha vizinha está sentindo. Sinto que estamos próximos, eu escrevo aqui, respondem lá. Mas tem dias em que eu só me relaciono com meu namorido e meu cachorro, as únicas pessoas que encontro para conversar. E olha que eu tenho mais de 3000 amigos no facebook.
Vivemos correndo, sem tempo para nada, nem vemos a cara de nossos vizinhos mais. Só temos tempo para a vida virtual. E como diria Neusa Suely: "Isso é vida?" Não creio. Merecemos coisas melhores, eu mereço, pelo menos. E tentando a todo custo fugir da espiritualidade como assunto, eis que ela me persegue. E nessas horas, apesar da falta de tempo geral, ela é a nossa salvação. Uma oração, cinco minutos de meditação, um agradecimento. Sem paz de espírito, nada adianta fama, dinheiro ou todos os amigos do mundo, não somos ninguém. Gostaria que meus amigos 'curtissem' esse texto e 'compartilhassem' seu conteúdo, como se a vida se resumisse a uma página inicial azul e branca. O silêncio, em si, já é uma prece. Façamos, então, uma prece, pelo próximo, pelo mundo, pelos nossos amigos do facebook e por nós mesmos. Para quem não curte rezar nem a força, vale ser gentil, educado e espirituoso com seu semelhante. A vida tem que ser curtida sim e as experiências compartilhadas, mas olho no olho, esse é o verdadeiro facebook. No que você está pensando agora?

Passado, presente ou futuro?

"... Saudade é amar um passado que ainda não passou, é recusar um presente que nos machuca, é não ver o futuro que nos convida..." Pablo Neruda

Se a palavra saudade só existe em português, o Neruda estava falando de outro assunto, mas que se encaixa perfeitamente na dor da saudade. Dizem que o nosso primeiro trauma, o nascimento, já nos deixa com saudades do útero. Depois vêm a saudade da infância, das brincadeiras, dos avós. Aí vem a saudade de amor, e depois de sentí-la, entendesse todas as outras. O passado, salvo em raras exceções, é bonito porque é conhecido e nostálgico, estamos acostumados a ele. Sentir saudades de alguém, de algum lugar ou momento é um dor indescritível, sem pieguices ou sentimentalismo. Nunca pari, mas tatuagem, dor de canal e fratura exposta doem muito, mas a dor intocável é a pior. Saudades dos que partiram, então, é a mais foda, e sempre acaba em lágrimas. Mas sabendo lidar com a dor e entendendo que tudo é um processo na vida, causas e consequências, entendemos e passamos a dar valor ao único tempo que nos pertence: o presente.
E como num conto do Caio Fernando Abreu, que eu amo, ele fala disso, da fragilidade e de como devemos segurar esse presente, como quem segura um bebê ou um cristal, com cuidado. O presente é o presente que nos é dado todos os dias ao acordar, por incrível que pareça, tem gente que não acorda. façamos, então, o máximo com esse tempo presente, tomando-o nas mãos e não guardando nos bolsos, lembre-se, ele pode quebrar. Cada dia é um dia, cada dia é uma lição diferente a ser aprendida e ensinada. Isso é o presente, isso é o que importa.
Quanto ao futuro, não gosto nem de pensar. Às vezes ele nem chega ou chega detonado. Mas ele não pertence a ninguém, nem a Deus. Ele só é um resultado de uma experiência que fazemos no presente, esquecendo o passado. Pensar no futuro é até saudável. Viver para ele, nem tanto. Nem meu pai de santo e nem meu tarô vão conseguir influenciar o meu futuro. Só o que eu faço com esse bebê, o tempo presente, que nasce cada dia quando abrimos os olhos. Viver!

Gonzaguinha canta "O Que É, O Que É?"

ESPIRITISMO X BUDISMO

Sou budista e espírita. Não vejo confusão ou conflito algum, mas gostaria de esclarecer um pouco esse meu sincretismo próprio. Tanto uma religião quanto a outra, não recrimina o convívio com outras. Ambas estão preocupadas com a evolução espiritual, crêem em reencarnação, vidas passadas e nos deixam claro que nossas atitudes geram consequências. Sem obrigações, sem punições e sem deveres, a não ser melhorar como ser humano. Não tento jamais converter ninguém e tenho pavor de quem tem essa pretensão. Do budismo, carrego mais a filosofia e a prática da meditação e auto conhecimento. Já no espiritismo, sou mais praticante, compartilhando experiências e energia, aprendendo o valor do Evangelho e da caridade. Aliás, um dia, eu evoluo, e essa será a minha religião, a religião universal.

"Se eu falar as línguas dos anjos, se tiver o dom da profecia e penetrar todos os mistérios, se tiver toda fé possível, a ponto de transportar montanhas, mas não tiver a caridade, nada sou."
(Paulo, I Coríntios, XIII)

GOD SAVES THE LOVERS!


Ontem foi um dia agitado. Logo pela manhã, casamento real. Imperdível, vai saber quando será o próximo.... Em tempo real, acompanhamos cada lance cronometrado desse conto de fadas moderno enquanto nas redes sociais, facebook e twitter o povo destilava o veneno do recalque. Só um dia assim para revermos tantos amigos, pelo menos virtualmente, nesse terceiro milênio que nos intimida. Mas é o milênio do bem, da Era de Aqúario, dizem. Vejam quantas mudanças, presidentes negros, presidentas mulheres, tiranos caindo do poder, mas veja também quanta catástrofe. Só que ontem o mundo parou para ver Kate & William. Não se falava de mortes, tragédias e até os terroristas pararam para ver a carruagem dourada passar. Uma plebéia, neta de plantadores de batatas, virou princesa e segundo dizem foi o primeiro casamento por AMOR na monarquia britânica., fazendo-nos esquecer o fiasco que foi o casamento anterior de Charles e Diana. Os ingleses vibravam nas ruas e nos pubs, e todos nós, em nossa casas compartilhamos aquela alegria toda. Os pessimistas já começam a falar em jogada de marketing e tentativa de salvação da crise econômica, mas vejo tudo isso como salvação da crise humana. Ontem, na Inglaterra, e em todo mundo, foi o dia em que o amor venceu. God saves the lovers!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Entre perdas e pedras

Perdas são como pedras.

Duras, pesadas, mas necessárias.

A perda chega a ser como a alegria quando você se acostuma.

Perdas pesam no bolso e na alma

Perdi tantas coisas.

Perdi chão.

Perdi a fé nas pessoas.

Perdi a fé em mim.

Deus parece uma criatura distante e apavorante.

Perdi minha mãe, amigos verdadeiros e uma cidade.

Mas me lembro o quão é irrisória a minha dor perto da dor de quem perde tudo.

Meu mundo desabou, soterrou e foi levado por uma enxurrada.

Perdi tudo.

Perdi você e a mim.

E assim me acostumando cada vez mais perco a pouca lucidez que ainda me resta.

E deixo pedras pelo caminho para quem sabe encontrar o caminho de volta.

Uma prece

No começo, nada havia.

Dizem que houve uma grande explosão.

Eu nada vi.

Vieram os deuses para tudo controlar.

Deuses protetores, deuses destruidores, desses humanos.

Depois veio só um Deus, infinito como a explosão.

Hoje são milhares criados à Imagem e semelhança.

Aparecem e desaparecem a cada segundo.

Muitos não resistem ao tempo e sucumbem.

Outros amarguram vidas miseráveis.

Alguns conformam-se, outros se embriagam.

Poucos desses deuses carregam ágatas e coragem.

Lutam em meio colapso e caos.

Flexíveis mas resistentes como o junco, não desistem.

Assim é o mundo, esse recomeço pós explosão.

Uma luta constante de opostos, equilibrada por um fio.

Os que se importam e os que nada querem.

Deus dentro de cada um, vai na direção do vento, mas não nos abandona.

E como uma borboleta, que transforma-se e renasce, pousa em meu jardim.

Cuidar dele é ter coragem de resistir e se importar para que pousem as borboletas, abelhas e joaninhas.

Do nada, da explosão, surgiu muita coisa.

E vai continuar surgindo

enquanto houver papel, caneta e poesia.

E lá onde meu Deus canta, ou meus deuses, não importa.

A FÊNIX E AS ANDORINHAS



Geralmente, em situações de recomeço, utilizamos a mitológica figura da fênix, pássaro de fogo que queima para renascer das cinzas. É um símbolo quase que universal do renascimento, um tanto quanto batido, por sinal. Metáfora por metáfora prefiro recorrer às andorinhas, que simbolizam a Primavera e a vida renovada. Regressando no tempo quente e em bandos, andorinhas tem mais meu 'speed'. Não quero queimar como a fênix, nem muito menos parecer ave agourenta. Quero e só posso viver sob a minha ótica, procurando calor, em um mundo que torna-se frio, digitalizado e tantas vezes, irreal. Não dá para ficar inerte esperando os dias passarem, navegar, ou melhor, voar é preciso. De preferência em um balé sincronizado de andorinhas ciganas.

Citando mais uma vez, frases espíritas, falando em metáforas clichês de recomeço não deixo de lembrar de Chico Xavier, já batido: "Embora ninguém posssa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim". Voando em direção do norte, em busca do Sol, eu, que ainda nem cheguei na metade do caminho, escolho para mim outro final. Não quero a frieza, mas também não queri queimar e virar cinzas. Quero ser livre como as andorinhas e carregar comigo esse anúncio de uma nova estação.

CONSTANTE EVOLUÇÃO


"Porque nossa glória é esta: o testemunho de nossa consciência". Paulo (II Coríntios, 1: 12)

Prazer, sou Tiago Mentor. Esse não é meu primeiro blog, nem deve ser o último, pela minhas contas, deve ser o quarto ou quinto. Nunca deletei os anteriores, mas acho essa de sumir e atualizar anos depois o fim da picada. Blog é coisa séria. Blog necessita de continuidade. Este é um momento de recomeço e de reaprendizado. Tenho aprendido muito nos últimos dias, muito mais que em anos e resolvi compartilhar esse proceso. Motivado pelo sofrimento, no entanto, entendi o que ele representava e foi ele mesmo quem me deu as forças para escapar. Não tanto quanto eu queria, mas já é alguma coisa. Graças a dor, aos anti depressivos e muito kardecismo eu sou uma pessoa melhor. E quer saber? A sensação é fantástica. Por isso, agora, esse novo blog para dialogar com outras tribos e fugir do lugar comum, e, principalmente, deixar o testemunho da minha consciência. Sem moralismo, sem seguidores, sem amigos compartilhativos de redes sociais esse espaço, por enquanto, é só meu. E agora você cjegou até aqui. E aí? Me acompanha nessa viagem?



Novo Blog

Novo endereço:


Vai lá!