quarta-feira, 14 de março de 2007

TEXTINHO GRAMPHO BY MARIA BETHANIA


"Eu agi sempre para dentro...
Eu nunca toquei na vida.
Nunca soube como se amava.
Apenas soube como se sonhava amar.
E se eu gostava de usar anéis de dama nos meus dedos
é que, às vezes, eu queria julgar que as minhas mão eram de princesa.
Gostava de ver a minha face refletida porque eu podia sonhar que era a face de outra criatura."


Não sei o autor, mas é bárbaro...

SONETO II


O que há depois da dor?
Depois de todo sofrimento deve haver alguma espécie de recompensa, penso.
A dor estabiliza e desgoverna.
O passar da tempestade é a cura.
O tempo é sempre o senhor dos antídotos.
Uma esperança pousou sobre meus ombros.
Só termina quando acaba.
Tomo relaxante muscular e sonho que estamos bem.
Sem grilos, sem brigas, sem medos.
Mas...
Sinto a dor latejante, mas por ela sei que ainda estou vivo.

SONETO I


Você não está só.
Atrás de você sempre eu estou.
Às vezes, me afasto alguns metros.
Outras vezes, estou tão perto que chego a ouvir seu coração bater.
Estou aqui apesar do nosso eterno silêncio.
Não tenha medo.
Quando o pior passar só haverão flores em seu jardim.
Isso eu posso lhe prometer.
Acima de tudo, a nossa loucura nos guia.
E é ela que vai nos salvar da morte.
Agora fecha os olhos e dorme.
Eu velarei seu sono.
Boa noite!