sexta-feira, 29 de abril de 2011

A FÊNIX E AS ANDORINHAS



Geralmente, em situações de recomeço, utilizamos a mitológica figura da fênix, pássaro de fogo que queima para renascer das cinzas. É um símbolo quase que universal do renascimento, um tanto quanto batido, por sinal. Metáfora por metáfora prefiro recorrer às andorinhas, que simbolizam a Primavera e a vida renovada. Regressando no tempo quente e em bandos, andorinhas tem mais meu 'speed'. Não quero queimar como a fênix, nem muito menos parecer ave agourenta. Quero e só posso viver sob a minha ótica, procurando calor, em um mundo que torna-se frio, digitalizado e tantas vezes, irreal. Não dá para ficar inerte esperando os dias passarem, navegar, ou melhor, voar é preciso. De preferência em um balé sincronizado de andorinhas ciganas.

Citando mais uma vez, frases espíritas, falando em metáforas clichês de recomeço não deixo de lembrar de Chico Xavier, já batido: "Embora ninguém posssa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim". Voando em direção do norte, em busca do Sol, eu, que ainda nem cheguei na metade do caminho, escolho para mim outro final. Não quero a frieza, mas também não queri queimar e virar cinzas. Quero ser livre como as andorinhas e carregar comigo esse anúncio de uma nova estação.

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