terça-feira, 4 de outubro de 2011
Re-tomar a vida
sábado, 14 de maio de 2011
"PARA QUE SERVEM OS ROMANCES?"
“Para que servem os romances?” é um romance, em forma de blog, fazendo desse veículo, o cenário para a vida de Gustavo Anfíon, escritor e alter ego de Tiago Mentor. Todo escrito em primeira pessoa, como na verdade são todos os blogs, a obra é dividida em três partes, cada qual com quatro capítulos: Rejeição Dolorosa, Recuperação Gozosa e Redenção Gloriosa, remetendo aos mistérios do Rosário em uma repetição constante da mesma ladainha amorosa. O endereço do blog é http://www.paraqueservemosromances.blogspot.com .
Utilizando a estrutura clássica das obras literárias, o romance dialoga com a modernidade, através de uma linguagem rápida, com imagens e sons que são próprios da Internet mesclando dor de cotovelo, mitologia e espiritismo.
A escolha pela publicação, nesse formato, está relacionada ao momento em que vivemos, com a tecnologia avançando cada vez mais, dialogando com a língua, viva, em constante evolução e refletindo nossos próprios atos. Cada vez mais carregamos para cama laptops, netbooks e I-pads ao invés de livros. Estamos 24 horas por dia, conectados em uma rede infinita de dados e a criação artística dependem dessa ligação, wireless e virtual. Por ser gratuita, é democrática e não há obrigações e nem deveres com os novos leitores. Em breve, o livro poderá ser adquirido, em formato de e-book no site Amazon.com.
Há, também, uma preocupação ecológica, já que livros consomem árvores e muitas vezes, ficam esquecidos ou nem são lidos, ficando guardados para sempre. Para que, em tempos de aquecimento global e catástrofes vamos sacrificar mais árvores? A mensagem, com a revolução tecnológica, é atingida mais rapidamente e assim caminha nova arte. E ainda a obra é ‘carbon free’, com plantio de uma árvore para cada capítulo escrito para neutralização do carbono produzido.
A velocidade da Internet e o nosso imediatismo são a inspiração para essa história de perdas, vingança e uma busca desenfreada por amor e afeto. Imediatistas que somos, amamos perdidamente alguém que acabamos de conhecer e nos perdemos nessas infinitas redes sociais que dão voz a um personagem comum, em busca de autoconhecimento, com descobertas, lutas, quedas e redenção, como um Parsifal pós-moderno em busca do Graal, sentido mais profundo da vida.
“Para que servem os romances?” é o primeiro romance de Tiago Mentor, que cursou Letras e Artes Plásticas, além de escrever para diversas mídias (revistas, sites e blogs) e tendo atuado por mais de 15 anos no teatro, sendo autor de 11 peças, algumas inéditas. A internet é um território bem próximo do autor que lançou, anos atrás, diversos vídeos pela rede, como o curta “Quem mexeu no meu Orkut?” (2008 e direção de Carol Thomé), a minissérie “Não ponha o dedo onde não deve” (2009 e direção de Durval Telles e a sua própria trilogia de curtas, lançada em 2008: “Amador”, “Mortal” e “Sexífero”. Todos esses vídeos encontram-se no Youtube e outros sites de compartilhamento de vídeos.
Pela estrada, outra vez...
Num céu azul de poucas nuvens,
Feito rojão, eu corto estradas
Atravessando caminhos por entre laranjeiras carregadas
Sentindo o doce vento de uma manhã
Gostosa de outono, bem rara.
Sou passageiro e espectador
De uma viagem rumo ao meu eu mais lírico.
Assim sou eu, livre.
A 100 por hora
No entanto, prestando atenção a paisagem
Tenho olhos abertos e deixo cana para trás
Passo caminhões.
Todos passarão mesmo.
Mas e os passarinhos?
Eu jogo, então, palavras ao vento, mas
‘Words don’t come easily like sorry, like forgive me’,
Como na música de Tracy Chapman
Peço perdão a tudo e a todos
Despedindo-me, mais uma vez.
Mas sigo, enfrente, no meu caminho.
Meu Éden
Sempre gostei de plantas. Elas reproduzem o ciclo da vida em um curto espaço de tempo, ou não. São ligadas à Mãe Terra, férteis e exuberantes, cada qual à sua maneira. Minha vida verde começou bem cedo, com feijões plantados em copinhos de danoninho e foram evoluindo para um conhecimento mais profundo das espécies e tipos diferentes. Ervas, que perfumam e enriquecem o alimento, purificam o ambiente e o astral, alecrins, sálvias, tomilhos... Criei muitos jardins também, que como o Éden, representavam meu paraíso e era para onde transportava a minha alma. Deixei muitos jardins para trás como quem deixa um filho. Guardei em fotos e lembranças. Tenho um ipê amarelo que acompanhei todo seu crescimento, aliás, crescemos juntos, mas sou da família dos carvalhos, um símbolo da presença de Deus, consagrada à Mãe Terra e a Júpiter. Forte como o carvalho, mas com um tronco que facilmente parte-se no meio. Particularmente, sou fã das flores, pequenas criações artísticas da natureza que representam beleza e vida nova. Mitológicas, tem trágicas histórias de amor por trás e significados demais para o entendimento. Gosto de todas, pelas cores, perfumes e charme. E como nos mitos, se eu morrer gostaria de virar flor. Podem fazer piadinha, à vontade, mas como flor, eu termino esse texto.
#DELETANDO PESSOAS#
Arrumando a minha mudança, separando o que vai continuar comigo e o que vai virar pretérito, eu pensei
Mas e quanto às pessoas? Pessoas também devem ser descartadas ou recicladas, se for o caso. No alto dos meus 33 anos, já que não fui crucificado, não sabendo ainda o que eu quero da vida, sei exatamente o que não quero. E melhor, quem eu não quero. Por mais que eu queira viver segundo as Leis do Bem, não sou obrigado a conviver com pessoas que nada mais me acrescentam. Só me ensinam o que é viver na mediocridade. Cansei de pessoas VAZIAS que não pensam
E por pior que essas pessoas sejam, não as odeio. Muito pelo contrário, oro pela felicidade das mesmas, mas não as quero perto de mim. Quero que sejam felizes, mas longe. Bem longe. Que seus maus hábitos e sua falta de educação não estraguem mais meus dias. Dias de labuta, dias felizes, porque, apesar de tudo, sou feliz. Faço o que quero e jamais me arrependo de nada. Nem dessa ‘limpa’ que estou fazendo. Não quero viver com culpa e vou aonde o vento me leva. E agora carrego comigo só o que importa. E quem importa.
terça-feira, 10 de maio de 2011
POEMINHA DO CONTRA
A vida sem três letras
BRUSCA MUDANÇA
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Pausa
quarta-feira, 4 de maio de 2011
BREAKING NEWS
MORDE & ASSOPRA
Mãe, minha eterna saudade...
Enquanto a maioria pensa no que dar para a mãe nesse domingo, eu, que não a tenho mais junto de mim, só posso presenteá-la com homenagens e tudo que ela me ensinou. Esse mês faz cinco anos que ela partiu deixando mais do que saudade. Saudade de ouvir sua pulseira balançando avisando da sua chegada. Lembro do seu rosto, seu cheiro, seus últimom momentos, mas começo a esquecer-me da voz, do riso e de tanta coisa que vivemos juntos.
Choro, mas não quero chorar. sei que ela está bem por tudo que fez em vida, por mim e pelo próximo. Agradeço a Deus pelos 28 anos que vivemos juntos nessa encarnação e nas outras. Fomos amigos, amantes, irmãos. Choramos e rimos juntos e continuamos ligados por um cordão umbilical imaginário. Ela me ensinou tudo: a ser exigente, caridoso, digno e cristão, no sentido mais puro da palavra. Não posso mais presenteá-la, nem abraçá-la e se eu encontrasse o gênio da lâmpada, um dos pediso seria passar mais um dia coim ela. Pelo menos um.
À você que tem mãe não esqueça dela nesse domingo. Se estiverem brigados, façam as pazes. Curta sua mãe, sem pressa, afinal, ela demorou nove meses para te gerar e mais anos cuidando de você. No fundo, elas não querem presente algum, só a nossa presença, mesmo que por alguns minutos. Dê um abraço apertado nelas por mim e digam o quanto essas mulheres são importantes, antes que seja tarde. Mas a grande verdade é que só vamos entender nossas mães quando tivermos nossos próprios filhos ou elas partirem. Não espere por isso. Sua mãe não pede nada, só você. Seja seu presente no dia dele e em todos os seus dias. Se não fosse por sua dedicação e renúncia da própria vida para gerar outra, você não estaria aqui, agora. Mães, Feliz dia! Obrigado por tudo e até qualquer dia, querida!
Vivas as mães, encarnadas e desencarnadas. Viva os pais que são verdadeiras mães. E viva as nossas mães que zelam por nós sempre.
Apenas mais uma crise
Comecei a pensar em ansiedade e pânico, males do nosso milênio, e meus eternos companheiros. Quem me conhece sabe exatamente o que é que estou falando. Sou ansioso em praticamente tudo, descer logo do avião, sair do cinema, até para tomar passe. A origem da palavra ansiedade tem várias raízes: angos (latim), angst (alemão) e ankh (no egípcio antigo), que parece ser o primeiro ar que respiramos ao nascer, ou seja, respiração, ou a falta dela. Já o pânico, deriva de Pã, deus dos campos e pastores, que tem pernas e chifres de bode e era uma figura bem agitada, como eu, que habitava as florestas escuras. Quando os homens prtecisavam atravessas as matas eram tomados por pavores súbitos, sem uma causa aparente, o tal pânico. Era só ouvir o som da flauta para que os mortais petrificam-se de medo.
A ansiedade está relacionada com situações que antecedem o perigo ou o desconhecido. Estou feliz com a viagem, mas tenso pois ela pode mudar os rumos da minha vida. Por isso esse pânico de novo. Dizem que existe uma 'ansiedade vital', que nada mais é que uma força geradora das mudanças. No entanto, mudar é preciso, sempre.
O nosso problema, e meu principalmente,é pensar demais no futuro e nas coisas que podem acontecer. Ou não. esqueço que preciso respirar fundo antes de mergulhar onde quer que seja. depois de mais meio clonazepan, respirando pelo nariz, eu consigo acalmar-me para terminar esse texto, já com outros olhos. E ouvindo a flauta de Pã, eu não me assusto e lembro de focar-me no presente, sem medo, fazendo uma coisa de cada vez. Cada dia é um novo dia. Crises sempre existirão. Mas o que tiver que ser, será.