terça-feira, 4 de outubro de 2011

Re-tomar a vida

Depois de um longo inverno, com a chegada da Primavera é preciso retomar a vida, ou sendo mais específico, retomar às atividades desse blog. Tal como um porto seguro que sempre existiu e que, por vezes, esqueci-me, esse é meu espaço principal, independente de público ou não. É onde pratico a minha escrita e onde cabe tudo. Tudo que eu quiser, até esse desabafo frustrado, de alguém que luta para escapar do fundo do poço. Aliás, sempre nessa condição. Sou o melhor personagem que criei e como todos eles, sou único e carrego marcas de todos. Simples e complexo. Lembrei-me de Lulu Santos e 'quero tomar o mundo feito Coca-Cola', metáfora 80's, porém pertinente. Sem conteúdo, forma ou tema esse texto segue o caminho incerto das palavras que me vem a mente, quse uma psicografia. Uma fuga de um pesadelo cruel. Nesse tempo que passou eu entendi a imparmanência da vida, somos tão efêmeros que amanhã eu não entenderei nada disso tudo. apenas, com meus muitos passarinhos, eu assito a vida como quem segue capítulos de uma novela. Faltava participar e comungar dessa imensidão. Preciso escrever e tenho essa obrigação para comigo, para com vocês, para com Deus. Enquanto houver palavras eu as escreverei, enquanto houver sopro de vida, resistirei, enquanto houver sonho, viverei-os intensamente.Um dia, pode tudo não mais existir. Mas e eu? E as palavras? Ditas, escritas, não ditas e nem pensadas? Elas estarão lá, em alguma memória RAM perdida enquanto nem existiremos. Esse é o nosso legado chego a conclusão e quanto mais acho que sei, mais dúvidas aparecem e, como num jogo de casas, eu volto casas e sempre estou no início. O fim nunca chega e nem quero. O que me interessa é o trajeto, o ballet dos corpos e as respostas que não existem.

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