quarta-feira, 4 de março de 2009

De volta das Férias


Dizem, que para o brasileiro, o ano só começa depois do Carnaval. Nunca acreditei nessa verdade, embora cada vez eu esteja tendo certeza que isso é real. Para mim o ano começava no Reveillón, com todos os rituais a que tinha direito, uvas, cueca branca, sete ondas... Depois de um ano atípico como o ano passado sabático em que passei os primeiros quatro meses do ano na Europa comecei a perceber qual era a real. Porque lá fora, sem tantos feriados e muito menos sem carnaval pude perceber as enormes diferenças entre nossa cultura brasileira miscigenada e a cultura européia. Não que não gostemos de trabalhar e tal, mas é que temos um dom nato para festejar. Festas e feriados são conosco mesmo, não há dúvida. Só para se ter uma ideia, na Holanda, onde morei, existem apenas 4 feriados (quatro!) e a própria Semana Santa é meio confusa para nós. Eles na verdade não trabalham na segunda, depois da Páscoa. Vai entender? Sem qualquer resquício de carnavla ano passado meu ano engatou bem rápido. Ao voltar ao Brasil emendei dois empregos como coordenador de produção, um no maior festival de teatro do Estado e outro em campanha para prefeito. Foram 6 meses de trabalho intenso, stress e muita coisa legal que aconteceu. Depois disso tudo merecia umas férias. Com a crise mundial rondando solta eu decidi relaxar. Foram 4 meses de férias. Mas não pense você que férias para mim significa não fazer nada. Embarcquei no mais gostoso ócio criativo e nesse período pude fazer várias coisas que tinha deixado para trás, reativei esse blog, entreguei-me a todos os tipos de fofoca e assuntos gerais, dirigi uns filminhos e escrevi uma peça. Acha pouco? Pois saiba que eu me diverti bastante. E quando estava começando a bater a depressão de não fazer nada eu voltei para ativa. Devagar, para não estressar demais e já pensando nas próximas férias. Trabalhar é bom sim, mas poder fazer o que der na telha é melhor ainda. Mas isso é coisa de adolescente, faixa etária que eu deixei faz tempo. É hora de correr atrás. Acabou o carnaval, agora é dureza, pelo menos até a Semana Santa. Ai, como amamos os feriados! No entanto, parafraseando o poeta: Agora, trabalhar é preciso!

Nenhum comentário: